Esses dias, navegando pela web, me deparei com um relato que chamou minha atenção — e que vale como alerta para qualquer contribuinte que está preparando a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A história, contada por um contador em tom descontraído, mostra como até situações aparentemente simples podem esconder armadilhas que levam direto para a malha fina.
O cliente dele estava com tudo pronto: orçamento aprovado, documentos organizados, quase fechando a declaração. Até que, de repente, solta:
“Vou incluir minha esposa como dependente!”
“Claro”, respondeu o contador, com naturalidade. Mas, atento, perguntou:
“Ela teve rendimentos em 2024?”
E o cliente, confiante:
“Não, nadinha.”
Só por precaução, o profissional pediu o acesso à conta Gov.br da esposa. E aí veio a surpresa: ela tinha sim rendimentos, ainda que baixos. O cliente achava que, por serem menores do que R$ 33.888,00, eles não precisavam ser declarados. Mas essa é uma confusão muito comum — e perigosa.
Ao incluir dependente, todo rendimento entra na conta
Muita gente ainda acredita que rendimentos abaixo do limite de obrigatoriedade de entrega da declaração podem ser ignorados. Isso só é verdade se a pessoa fizer a declaração individual. Mas ao ser incluída como dependente na declaração de outra pessoa, todos os seus rendimentos precisam ser informados, mesmo que sejam baixos, isentos ou não tributáveis.
A Receita Federal cruza essas informações com os dados fornecidos por bancos, empresas e o próprio governo. Se o CPF do dependente aparece na sua declaração e houver rendimentos que ficaram de fora, a inconsistência salta aos olhos do sistema — e o risco de cair na malha fina é imediato.
Memória falha não é justificativa
Outro ponto importante dessa história é que o contribuinte estava certo, na cabeça dele. “Ela não teve nada”, dizia. Mas a realidade, acessada através do portal Gov.br, era diferente. Um rendimento de pensão, um pequeno aluguel, um pagamento esporádico — tudo isso entra no radar da Receita.
Por isso, a recomendação é simples: nunca confie apenas na memória. Verifique os informes de rendimentos de todos os dependentes diretamente com as fontes pagadoras ou no e-CAC.
A melhor arma é a preparação
O caso mostra a importância de fazer a declaração com atenção, planejamento e base em dados concretos. Incluir dependentes pode, sim, trazer vantagens — como aumento na restituição — mas só quando feito de forma correta e transparente.
Dá pra declarar sozinho, sim — com a ajuda certa
Se você está pensando em declarar o IRPF por conta própria, saiba que é possível — desde que conte com uma orientação confiável. Para isso, recomendo o Manual IRPF da HC Assessoria Contábil, um guia prático e direto ao ponto, ideal para quem quer entender as regras, evitar erros e entregar a declaração com segurança.
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