Vendas de máquinas agrícolas cresceram em março, mas setor está cético sobre próximos meses

Momento ainda é delicado, principalmente pelos juros em alta, afirma Abimaq

Momento ainda é delicado, principalmente pelos juros em alta, afirma Abimaq

 

As vendas do setor de máquinas e equipamentos agrícolas tiveram uma receita líquida de R$ 5,5 bilhões em março, um aumento de 31,9% em relação ao mesmo mês de 2024. Em comparação com fevereiro, a comercialização cresceu 5,1%. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) nesta quarta-feira (30/4) durante a Agrishow, em Ribeirão Preto.

A maior parte deste valor corresponde ao mercado interno, com receita líquida de R$ 4,7 bilhões, alta de 4,3% em relação ao mês anterior. As exportações do segmento ficaram em US$ 130,96 milhões, com queda de 0,1% em relação a março de 2024 e alta de 5,8% ante fevereiro.

No acumulado do primeiro trimestre, o setor registrou alta de 15,2% frente aos resultados de janeiro a março de 2024, reforçando a expectativa de resultados melhores para a indústria neste ano.

Em entrevista à Globo Rural, Maria Cristina Zanella, gerente Divisional de Economia, Estatística e Competitividade da Abimaq explica que a alta indica uma tendência, mas lembra que os números podem enganar. “Estamos comparando com 2024, que foi um ano muito fraco, com queda de quase 20% nas vendas, e o pior desempenho foi justamente no primeiro trimestre. Este crescimento, diante do atual cenário atual, é positivo, mas ainda é um momento delicado, principalmente pelos juros em alta”, esclarece.

Em números absolutos, foram comercializados 11.997 equipamentos agrícolas no primeiro trimestre de 2025, sendo 10.959 dentro do Brasil, crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total comercializado no país, 11.120 foram tratores e 877 colheitadeiras.

Para o próximo mês, a Abimaq diz que embora se espere alguma recuperação nas receitas, tanto em comparação a março quanto a abril de 2024, a tendência é de crescimento mais moderado. A projeção da Abimaq de uma alta de 8,2% em 2025 se mantém.

Segundo Zanella, as projeções de uma safra recorde de grãos aumentam a expectativa da indústria, que anseia por produtores capitalizados. Ela diz que, a depender das condições anunciadas para o Plano Safra, a alta pode ser maior.

Em março, a associação sugeriu um aporte de R$ 21 bilhões para a linha de financiamento do Moderfrota e mais R$ 7 bilhões para o Pronamp. No plano em vigor até 30 de junho, foi anunciado um total de R$ 17 bilhões para as duas linhas, mas os recursos se esgotaram antes do final de 2024.

 

Fonte: Globo Rural.

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